segunda-feira, 30 de março de 2009

Yesterday In A Song

The verb when in the past
it's moore beauty that an exclamation!
Not to speak
But to feel
Fel que a vesícula não diz
Pela única função de exprimir a bílis

Representar a obra de arte em conceito
De um não aceito no estado de semi-good-consciência

Representar é fazer-se de um ausente
Pôr a ação no palco desempenhando a reunião de substâncias caracterizadas por terem certo número de propriedades comuns;

Representar o apresentar de espírito
Descrevido num de fazer sentir.

Ok, so it's mean:
Na inoperância quase absoluta
Off, to know the truth and it feeling good
Abstract in the show
(Today
'Cause
Tomorrow)
Neither of us, we'll know nothing. it doesn't really matter.

sábado, 28 de março de 2009

Mar é Maré

Ad
A-di-acionar - pulso há
Ad
Ad-mirar - o que também na sombra há
Se, me vejo
é pelo ensejo de te aventurar
Minha ave, aturar
Por aí, ver o mar
SUStentar - me chamem as ambulâncias!
Em meu porte de supor, porÉM
ÉM que, não importa!
Abrir a porta é importar-se de estar!
Não por tar
Mas de ex-tar
Na sala-de-estar
por um chá de um ontem-vivido
Um líquido nutrido, pelos poros , e solene
Add infinitum, às cinco da tarde.

quinta-feira, 26 de março de 2009

domingo, 22 de março de 2009

Canção de Comunhão

Respirando mais, ou menos, a filha, ouvia do fundo do salão, a canção. Não provocou-se a dançar-se como das vezes em que teimara por temer. A não ser dessa vez, a partir.
Um senhor com dispor, cuja a posição do corpo se vestia com quase-autoridade, a observava. De se-quer cadência de movimentação, não saculejava. E bebia em exprimir um semi riso, de meio e de canto, de boca. Sentadinho, tava; Ele, na cadeira de madeira envelhecida; Sua cor de cabelo parecida com a da madeira escura polida, em que se acomodara. Só parecia.., que, no entanto, era de longe que ela o via.
De vez em vez levara de-vagarosamente à boca, o copo lustrado de boa dose preenchida; que só se via o líquido que continha. Tinha uma atrás da outra, e o garçom já já vinha.
Montanhesa, a mãe, a astuta, a austera, espiara a dela, da filha, e a observação dele. E desejava saber do quê, de que deleite de gole era aquele: que o bebia; por transparecer suaveza num rosto provido de rugas sem revelar o que devia.
Nessa, as duas, mãe-e-filha, de bem-querer saber; Noutra, de querer saber diferente já que cada um ali comparecia.
Depois da última canção, ela a chamou pra que ficasse do seu lado, a filha, - encostara-se, então, em pé, - do lado da mãe.
Disse, a mãe: - Pega uma bebida pra o seu pai. A filha perguntara qual bebida era; A mãe respodera que podia ser, se qualquer uma era.
Saíra, por apanhar a bebida.
Touxera, e sentara junto à mesa.
Outra canção viera! Essa, com voz cantada. Cantaram, ela e ela, cada uma na sua.
O pai, bem sorria bamboleando em ritmo, a cabeça. Batucava os dedos na mesa.
Vou ao banheiro. - dissera a filha - no meio da canção.
Sua cabeça doía mas não tivera ainda idade para beber. E doíam os pés, de bem ter sido a meia errada pra o sapato que a mãe escolhera.
Foram embora sem ver a hora, antes da última canção derradeira, eles. Dormiram, elas, no carro, no caminho de volta.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Bandeira e Sua Cor de Bandeira


Poética

Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente
protocolo e manifestações de apreço ao Sr. diretor.
Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário
o cunho vernáculo de um vocábulo.
Abaixo os puristas
Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais
Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis
Estou farto do lirismo namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
De todo lirismo que capitula ao que quer que seja
fora de si mesmo
De resto não é lirismo
Será contabilidade tabela de co-senos secretário do amante
exemplar com cem modelos de cartas e as diferentes
maneiras de agradar às mulheres, etc
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare

- Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.

(Manuel Bandeira)

domingo, 15 de março de 2009

Hoje

-- Se rio
É Sério!
Foi meu rio quem me pariu!
Partiu ao meio, partido meu
De parte crua,
---------------- extraída, da casca do carvalho;
pelo sim-e-não da matéria bruta;
pelo sim do meu não; essência no ar - porar.

Pôr ar,
em ambos os balões, e ver corar
Ir-me, de mim à sua
Me Suar
de consonância; prazer de ver rimar.
E, se a prosa minha respirou por pequena abertura
Foi sim, por ventura
Mas foi ao caminho de encontro com seu versar.

Hoje
Transformei-me
em líquido,
de rio e mar.

sexta-feira, 13 de março de 2009

sábado, 7 de março de 2009

Se-rá!

Se

Será que se
Se'u usar moicano duro
Será que um punk eu vou ser?
Se
se-rá?
rá!

(Inspirado em poetas telentosos: Ivny Matos e Dudu Pererê)

quarta-feira, 4 de março de 2009

Um Terço Cantado

Rózalinda é uma moça de modos mas é de falar palavrão. Rózalinda, quando na infância podia-ir-se a destrinchar de tanto que aqui falar.., se bem de achar que é por força de qualquer tradição, nem nunca pensou não. Rózalinda dizia quase sério - sobre sua intríseca curiosidade - com o devido receio pra o caso fosse de se avergonhar; e dizia com bem pouco pudor de seus medos quando na noite vinham lhe apurrinhar. Rózalinda gostava é de curiar as fitas de cores dos cabelos das menina-sinhá; Sussurrando, dizia, verde, amarelo, azul, e essa é azul claro, sim sinhô. Candurando, Rózalinda, vivia no pecado próprio. Mas tudo ficava bem na qualidade de sua compostura. Com postura, Rózalinda, distribuía ovos por mais estranhas loucas vilas. Que sem igual condição, Rózalinda, era quê nem pra quê, e, pra quem crê, bastava see ya ou um até logão! Rózalinda, de vez em quando, dizia "Deus fique contigo" "Deus vá contigo" e deixe eu, aqui, a sofrer de viver que é pra não viver de sofrer, tá sebastião? Rózalinda se apentelhava por coisas se em demasia engraçadas; não se fiava se era pra ter tanta graça assim. Com dona graça, Rózalinda, conheceu o mar negro. Velejava, Rózalinda, com a dona, em férias escolares. Rózalinda proseava em verso distraindo-se-o-outro-do-outro, ria de fazer cagalhão. Rózalinda era é porreta pra gostar de viajar, a bicha! Venderia os gados pra um dedo de aventura aventureira de sopro nos cabelos, ê Rózalinda! Que desse tempo de terra andada sem freio, Rózalinda, acho que tinha pavor é da extravagância da cor avermelhada do sertão, que cuidou de achá-la na imensidão de ai-que-é-só-paisagem, por aqui tou de passagem. Por detrás da ventana do automóvel antigo, gesticulou em palavra, Rózalinda: - ê paisagem bôa, diá! Me tomo em direção da crença de que; por-de-sê, gentes, em lezeira bôa de rio corrente, torna o podre, que há. Por que você, cê vai querer carregar o que, então, ô patrão?