quarta-feira, 29 de abril de 2009

No Ribeirinho, Chuvisca

Joaquim
Se há mágoa,
magoa vem-e-vai
Minhas águas
não vêm de má garoa
É rio fluente,
minha corrente,
uma jóia.
Joaquim
Meu lençol à noite
é freático;
Fundo mas não freia tanto no tempo.
Joaquim
Meu silêncio
é o meu respeito,
solene no peito,
é imperfeito.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Axioma

Ah!
Omar
Amo
Morar
Onde
Reino
hÁ!

Afecção de Sopro

És perito teu Es pírito?
Pêro que passa?
- Mil Gozos da tal família Pereira!
- Fruto de boa saúde é minha Pêra!

Por Favor:
Exame Próprio - com pê maiúsculo!
Com licença:
Teu diploma não tenho; Nem o meu!

Queres ouvir a culpa para confessar-te?
Ao padre
Réu/confesso/pura E/A mente S/A
Em companhia de nossa recordação mental

Se o grafado vem, ô se vem!
Vem em letra dominical
Prático a ciência em habilitar-se
A insanidade é viral e dita santisse
Foi a imundície quem me disse
E vos disse que, se correres
à venda, não lhes veria o presente
É o seu ausente que se entra-esquivas
Presente, compro de mim
Em prestação, às escuras, consagro
em grau de abertura, à gaiola
Piu-piu, sibilou o raiar
Olê-olê-olá, agente matinal solar
Assobiam-lhe às botas

domingo, 26 de abril de 2009

sábado, 18 de abril de 2009

Superfície dos Corpos - Cravos Secos

Buraquinhos descobertos e tão cravados na pele, fincados e maduros em ponto médio de pular pra fora; denotaria, pela abertura e saída, o líquido pastoso, fraqueza a olho nu de um passante qualquer pela praia.
Ela, deitada, sobre um pano de tecido fino na areia, por saber, corando-se pouco-a-pouco no solão, que comprara um oclão de olhar sem a tanta dor na visão.
O raio vinha, emitia estado sensível de grau quente, do céu. Acabara por manifestar capítulo a capítulo de um livro que não lia; em piscadelas de um olho só. - Por conta de ser esses ultra-violetas, pós início do dia - Ajeitava os cabelos vez e outra, o sol a embebedava agradável. Os raios firmes pediram banhar-se. As águas no sudeste do continente eram muito mais frias que as no norte, ouviu-se dizer. Mais ou menos salgada, talvez a dúvida.
Uma moça de sardas, de cabelo escuro, lia alguma coisa que parecia interessante, reparara na volta do mergulho. Lembrara que esqueceu dum afazer em casa. Morava a poucos metros dali.
A pele estava protegida por um creme de proteger e, ganhara, também, uma viseira grande da sogra.
Tinha uma revista de atualidades que andara pra cima-e-pra-baixo, na sacola, com artigos para filas de estabelecimentos. Umas graças em escrita a entretia com risadas largas, às vezes. Olhares a seguiam sem constrangimento dividido
Um padeiro, seu Tônho, perguntou com a palavra de sempre no rosto se era o mesmo, menina. Fazia um comentário discreto e singelo e novo sobre um detalhe velho. Isso variava de acordo com um gesto dela que nem nunca fizera questão de saber.
Dois sonhos pra casa, trouxera, sem regra de ser dois mas acabara por sempre sendo. Puro costume. E trazia um doce novo de último lançamento no mercado, dividia consigo entre o almoço e o café da tarde.
Esses cravos de fingimento na derme vinham ainda mais no sangramento mensal. Espinhas em tornamento de ex cravo. Nunca fôra fã de pó compacto; os buracos providos do xarope diário eram docemente benígnos. Incomodara um pouco na vaidade feminina, entretanto, o licor, pós salgar-se em temperatura líquida, não esquecera de comprar.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Sangria

O sangue
correu pôr-e-entre as
Pernas
ao Entardecer,
escorrer, vi
em degradê de arco-íris, bem-te-vi,
voando em descer até as coxas
Emudeceu
Céu e Meu
Mudo do céu! - voz da vó, zunido seu;
líquido de vir,
sanguíneo
Inundou azul azul,
vindo em estrada pelo sul
Licença consentida, e a sede sentida
Ah, ventre meu!
Vem, vem, entre.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

sábado, 4 de abril de 2009

Colorida

Estratagema
É Gema Amarela estratégica?
E suco de caju, gosta?
Pode dizer ao contrário se gosta
Mas diga;
Não por dizer o que quer dizer
Do que eu viveria na vida?
Isso tudo tem que responder agora?

Nome de Fantasia
de gosto extravagente
atua na sua imaginação
Como sei?
Se sei
Não sei

Minha tira estreita de tecido cortada;
Distraio-a do corte num remendão discreto
Colorido é só o tecido
É de enfeitar

Na cerração de volta, à estrada

a cor é a única a ser salteada
de um plano de fundo
de fundo
escuro.

Infantaria

Adiantei-me em não mal-criar;
Feito atrevido de não anular
Quer calcular? - A conta!
Sua ou minha?
É uma relação de números, pois é
Se quiser contar o orçar:
OK, Computer!
Dábiliu, Dábiliu, Dábiliu
Ponto
Com
E te ouço ornar

Mamma mia!
Te ouvi calar;
deixou de falar o inaudível
Impor silêncio é como deixar de fazer ruído
O audível por querer é gostar de calar.

Mia Mamma!
Provém do ventre uma podução de sons
Oiço tudo e nada
Vejo nada e tudo
Esconde a vista, e é a prazo, meu amor...

Lancei à água uma rede de galeão
Meu barco é retangular, cabe mais um;
corpo de um, de querer.
- Que diabos insiste, Conceição!
- É estação subterrânea de metrô, então?
Sem querer querer o trilho, - e o túnel é seu
Não meu!
Querer não é pecado, nem culpa de um coração instiuição
Até de querer com seu escarpam me agudar o dedão
Que cansa um dia de doer
E um dia cansa.