quarta-feira, 27 de maio de 2009

haikai desmistificado

na tentativa de um haikai
à mãe
fui ao céu três vezes e caí

haikai desmetrificado

um tal de acende-apaga!
a brasa é quem vela,
o sol; a dose quem paga!
a braça
dois braços ao rubro,
em ferro âmbito, ambi-
valentes, vivos.

haikai "drinkado" eu particípio

lady day singing one for us today
hey, she danced yesterday
ladies, we'll do that! it's a new day, okay?

sábado, 23 de maio de 2009

haikai notado

bebi e assu mi o perigo
fez mi: tomei nota
meu ruído

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Tormenta Em Tarde De Domingo

Daí a gente ficou com essa bobagem, esse mel melando a tampa do melado contido no pote, algumas pessoas compram, inclusive;
A beleza contida, não se via o grafado no verso, a parte de trás do pote. Me contenho em gestual, a grafia, em tentativa de explicar: Em papel claro amarronzado e letras miudíssimas cor verde-escuro e, levemente, reclinadas praô lado esquerdo, - as letras só viam-se com lupa - transcrevia vir de uma cidade do interior do estado de nome composto, basta lembrar agora; Se querer, redijo-o depois. Penso que não há tanta importância a repeito do nome. Decerto, se houver insistência de sua parte, mando-lhe por carta em seguida, à minha partida. (Pausa de respiros de vírgulas.)

O que sente?
Agora?
Sim.
Nada.
Nada?
É, não sei.
Vou te mandar um doce de abóbora assim que chegar na minha cidade. Minha vó quem faz desde eu menino. Você quer?
Claro! Nunca experimentei doce do abóbora.
H'm, é bom! Vou te mandar sim!

Cinco minutos de silêncio que pareciam meia morte.

Está sentindo?
O quê?
Espera.
O quê?
Sente?
O quê?
Isso.
Ah, senti agora.

Calaram-se os dois, Alfredo e Norberto, sentados no meio-fio da rua Quatro Estações.

Posso te perguntar uma coisa?
Claro!
Você acha que a gente daria certo?
Certo como?
Certo, de relação amorosa.
Mas já não temos uma relação de amor?
Sim, temos, mas digo diferente. De ir ao cinema na minha folga e na sua, dar as mãos no calçadão, sorvete, essas coisas.
A gente já faz isso.
É, tem razão.
Te falta alguma coisa?
Talvez, tenho pensado nisso.
É, tenho pensado também.
Você acha que falta?
Acho que sim.
Tem idéia do quê?
Talvez tenha só idéia.
Talvez tenha cabimento a sua idéia.
É, talvez.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Só No Catavento

Apresenta-se a gaita em embalar
a avenida atravessar os olhos pardos; calados
Internos; Serenos
Pequenos; Severos
Abertos
De par em par
Seus olhos dão-se as mãos
Farol fechado, beijam-se
Entregam-se fundo, às retinas
à luz de adormecer, sobre os pés
mútuos, flutuarem
à Margem do tecido
Fino, do vestido;
- Aroma
De Cabelos negros
Ventam - Menta
Em Pés cansados descansa
Respira adentro
Concreto duro, formigão
Suspira -
Transpira -
Pira
de ar

- Pshiiu, perdeu o horário!

domingo, 10 de maio de 2009

sábado, 9 de maio de 2009

Acordes Aquáticos

De todo o resto, vieram. O próximo, fez-se. A obra, mão-de-obra, nova, a nova, a mão. O tempo de meu bem se fez NOutro. DOutro tempo temporão, fiz-me. Maria Apareceu, acendeu, do mar, na água, os pés molhou. Olhou olhou, inverso movimentou: onda vem onda vai, céu aberto. Corpo moreno movido de sol. Sol moreno de sal, do mar. Faíscou, do sol, do sal, inflamou.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Traquejo de Re-Produção, Tens Razão: Dia do Trabalho - Blue Velvet a Veludo Cor-De-Rosa Claro

Certa vez a tentaram importuno mais inoportuno enquanto tocara o seu piano de calda longa. Em penso curativo oculto, decorreu em disparada; vai, diacho, corre pra o seu riacho!
Tomara na infância um frasco das notas musicais, mas na prática da instância foi que aperfeiçoara.
À janela sua; a mantinha em meia abertura, às vezes, o papel carimbado, invadia em gemido destemido de ar-razão; inda vez em tempos de gripe suína. Um regime de gritos em direção à janela de vidro ecoaram ad-vindo de fora e de lado, de lá.
Na realidade, a gripe sempre houvera, gripe aviária sua via nasal aérea.
Em leves prestações comprara, com o cartão de crédito e suor, um suador para momentos de espera e a janela; tal grande era a preencher boa parte da parede da sala. Os juros do cartão é que não cheiravam bem desde a saída do correio, um papel emitido por ordem escrita a articulação da perna do cavalo.
Ganhara a vida como assalariada em assistência, afinal, nada mais justo que decibel sem ter de trocar o papel.
Seu pai, quando menina, com sua recorrente sábia de sabiá, cingia sua tiara em ritmo de vogal de amora fora de estação, o fruto descontraído, dizendo: é justo mas não é certo! Se fosse justo não seria em proporções de medidas de certos-e-errados, ah, pequena seria a peça da artilharia, a esfera em cujo centro branco a flecha atingiria.
Fim de semana, ela se ia em visitar a família.
Soubera por dona lelêu, sua vizinha de andar, a viver por dar com a língua nos dentes, que tencionaram sem permissão a maçaneta do portão de entrada do prédio. Em intensão de jazz band em mais pobre língua de cadê a rítmica, onde já se viu!
Entretanto, amara o em tempos da baleia. Contudo, preferido e preterido mesmo não era esse ritmo não.
Tocara, então, a canção escarnecida de this is not a love song.
Pior ou melhor ou nada ou nada disso, exigiram-na, num bater de palmas efusivo, o presente corpo no hall do prédio de gaveto.
Nesse dia, em frente à construção vertical, estenderam uma barraca armada de peixes. Fritos. Não fitos-os para não fadar a carniça com os olhos o bicho já defunto; - escrevera num papel pequeno e, em seguida, rasgara. Sentira o cheiro e só.
No limite das águas, metade dos dentes cometidos.
Nem diplomata nem compositor, tampouco os dois juntos. Mais anônima que silva em fila de banco, portanto, portanto, créu e vela. A pequena burguesia é quem, em parte, apreciara a bossa que vinha nova nova de um banquinho e um violão, fôra e deu-se a canção. Segurara a canção firme na palma da mão feito criança na velha infância de brincadeira cada macaco no seu galho. Sequer um pio para esconder-se do macaco que a procurara.
Por fim, volvera para o elevador em sua companhia. Abrira a porta de sua moradia e pôs-se a dançar ao som de sua particular jazz band de new bossa de mambo africano.
- Mal e bem desconfiaram de ser a contradanza. Chovia no dia, em contrapartida, a observancia.